A busca da família de Fellipe Dourado Paiva para encontrá-lo ganhou reforço na manhã de ontem.
Amigos e familiares do jovem fizeram um mutirão para tentar localizá-lo. Segundo a organização, pelo menos 200 pessoas percorreram as asas Sul e Norte até a área central de Brasília, colando cartazes e distribuindo panfletos com a foto do rapaz, que desapareceu no último dia 9.
A mobilização para encontrar Fellipe, que foi visto pela última vez na Asa Norte, foi feita pelas redes sociais e com a ajuda da mídia. Ao todo, foram feitos 15 mil convites via Facebook, com 1.500 confirmações para a concentração no Parque da Cidade.
Eles foram distribuídos em grupos de três e quatro pessoas pelas quadras do Plano Piloto. Entre os que se disponibilizaram a ajudar estavam ainda voluntários, que doaram seu tempo para a realização do serviço.
Sensibilização
Washington Luiz Patrocínio, 43 anos, coordenava um dos grupos e falou sobre a doação pessoal daqueles que se sensibilizaram com a busca da família. “Acredito que 90% das pessoas estão sensibilizadas com o desaparecimento do Fellipe. Estamos fazendo um movimento grande e esperamos encontrá-lo logo”, afirma Washington, que é parente do rapaz.
O economista Paulo Cesar Giraldelli, 46 anos, e a engenheira civil Cristiane de Lourdes da Silva, 43 anos, passavam pelo estacionamento 11 do Parque da Cidade, onde estava concentrada a organização da panfletagem, e quiseram ajudar. “Eu havia visto pela mídia e as redes sociais, até havia compartilhado a foto dele. Daí, passando aqui percebemos a movimentação e resolvemos dar uma força”, conta Giraldelli, que continua: “Temos dois filhos e fiquei pensando na dor que a família dele está passando”. “O que nos moveu foi o sentimento familiar”, disse Cristiane.
Informações não deram resultado
Segundo a irmã de Fellipe, Priscila Dourado Paiva, 26 anos, o clima na família está difícil, já que as informações repassadas até o momento se confirmaram. “Todas as informações foram especulações. A polícia está conosco e ainda não temos nada concreto. Muitas pessoas dizem estar vendo-o, mas nós pedimos que elas se atentem a detalhes, como o fato de ele ser diferente, por exemplo, dos moradores de rua, por ser mais cheinho”, detalha.
“Ele é muito educado, de fácil aproximação. Então, quem encontrá-lo pode se aproximar. Nós queremos ter certeza de que é mesmo ele. Nós pedimos que se as pessoas encontrarem com ele, que o gravem, pois nós queremos ter certeza de que o encontramos”, frisa a irmã, que pede que as pessoas liguem para o 197 e avisem a Polícia Civil.
Para Washington Luiz, que é bombeiro, muitas pessoas afirmam ter visto Fellipe porque o rosto do rapaz tem características muito comuns, o que induz pessoas de boa índole a cometer erros na abordagem do caso.
Entenda o caso
Fellipe desapareceu na manhã do dia 9 de agosto, após ter passado pela faculdade onde iria estudar, na Asa Norte. O rapaz, de 22 anos, tem um metro e oitenta centímetros e pesa aproximadamente 80 quilos. Segundo a descrição familiar, ele possui pouca barba e não é agressivo. Felipe faz uso de medicamento controlado e mora no Guará II.
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