As obras de correção, próximo ao Parque Olhos D'Água, foram suspensas pelo Ministério Público.
A imprevisibilidade do período de chuvas assombra os moradores das quadras 212 e 213 Norte, próximas ao Módulo 2 do Parque Olhos d’Água. Um processo erosivo causado por falhas no sistema de escoamento do bairro nobre de Brasília gerou uma grande voçoroca na área verde, cuja borda está a 50 metros de um dos blocos residenciais. Entre o buraco e a construção, há ainda uma rede de esgoto e uma galeria pluvial, que podem ser afetadas caso aconteça um deslizamento de terra no local.
Na tentativa de reduzir o impacto das chuvas fortes de novembro de 2012, o Instituto Brasília Ambiental (Ibram) iniciou uma obra de caráter paliativo, para resolver temporariamente a questão do esco amento na área. Uma galeria pluvial era desembocada no Parque, e começou a ser canalizada até um reservatório já existente no terreno, datado da construção de um dos blocos vizinhos. Por falta de comunicação com todos os moradores das quadras, o medo se instalou. A chegada de maquinário de construção e a derrubada de árvores levou algumas pessoas a fazerem uma denúncia junto ao Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), que embargou a obra há mais de 60 dias.
Peritos da Polícia Civil compareceram ao local, para verificar se houve crime ambiental. De acordo com o secretário do Meio Ambiente, Eduardo Brandão, a resposta do MPDFT deve chegar em menos de 15 dias. “A cada chuva, o problema vai aumentando. Pela responsabilidade que temos, resolvemos achar alguma solução que minimizasse esse impacto ambiental, além da questão de existir um bloco muito próximo, o que é perigoso. Não podemos ficar de braços cruzados, esperando a resolução definitiva”, argumentou o secretário. Segundo ele, existe um plano maior de melhorias no escoamento do Plano Piloto, sob responsabilidade da Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil (Novacap), que deverá se concretizar em cerca de três anos.lhos D'Água, foram suspensas pelo Ministério Público.
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